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O setor de Recursos Humanos mudou sua abordagem e está mais humanizado

Especialista explica que as funções totalmente burocráticas deram, definitivamente, espaço para uma função mais estratégica e sustentável

As últimas décadas foram determinantes para o setor de Recursos Humanos, que tem passado por uma transformação significativa, movendo-se, de forma definitiva, para além das suas funções tradicionais de administração de pessoal para se tornar um elemento chave na estratégia corporativa.

De acordo com Bia Nóbrega, especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional com quase 30 anos de experiência, hoje, o RH não se limita mais a funções burocráticas. “Ele desempenha um papel fundamental na modelagem de culturas organizacionais inovadoras, na promoção da governança e no impulsionamento do crescimento sustentável das empresas”, comenta.

A profissional explica que o RH estratégico vai além de contratar e pagar salários, já que está profundamente envolvido na base do planejamento organizacional, alinhando as iniciativas de gestão de talentos com os objetivos de longo prazo do negócio. Segundo ela o RH estratégico é um parceiro crítico da liderança, ajudando a navegar pelas complexidades do ambiente corporativo contemporâneo e impulsionando a inovação por meio de uma gestão de pessoas mais eficaz e engajada.

“Historicamente considerado como um departamento focado em tarefas administrativas, o RH hoje é reconhecido como um espaço da temática de ‘Gente & Cultura’, refletindo sua responsabilidade expandida no cultivo de um ambiente de trabalho que valoriza tanto as pessoas quanto o progresso”, pontua. As organizações que adotam este modelo observam melhorias notáveis em sua capacidade de atrair e reter talentos, adaptar-se a mudanças de forma rápida e adaptativa e gerar resultados a partir de uma força de trabalho engajada e alinhada a um propósito maior.

A origem do RH remonta ao início do século 20, quando era conhecido como Relações Industriais, uma consequência direta do impacto da Revolução Industrial nas relações empregador-empregado. Desde então, o setor expandiu-se significativamente, incorporando uma gama diversificada de responsabilidades que vão além das expectativas originais. Esta expansão reflete a crescente complexidade dos ambientes de trabalho e a necessidade de uma gestão mais holística das relações humanas dentro das empresas.

O RH passou a mediar as necessidades da empresa e também as expectativas e aspirações dos empregados. “As áreas de atuação evoluíram para incluir uma variedade de funções especializadas, como gestão cultural, educação, modelos de incentivos, assessoramento estratégico e, mais recentemente, ações voltadas para a sustentabilidade”, completa Bia. Essa evolução destaca-se como um reflexo das mudanças na percepção sobre o valor e o papel dos colaboradores dentro das organizações.

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